6 de jun. de 2012

E agora? Caminhar ou correr? Qual a melhor atividade?
A princípio, qualquer pessoa iniciante numa atividade física, mesmo que pretenda um dia correr, necessariamente deverá começar o treinamento pela caminhada. Aos poucos essa caminhada passa a ficar mais vigorosa, depois intervala com pequenos trotes até correr normalmente.
Sabidamente a caminhada bem vigorosa pode até oferecer mais vantagens se comparada com uma corrida muito lenta. Vejamos: 
1) Para manter um passo forte é preciso estar fazendo força o tempo todo para não perder o ritmo. Com isso se gasta mais calorias do que num trote onde o sujeito está numa situação de equilíbrio e conforto. É possível duas pessoas se deslocar lado a lado na mesma velocidade, uma trotando e a outra caminhando forte. A segunda estará ganhando mais em termos de desempenho. Além disso, a primeira estará teoricamente sofrendo mais impacto nas articulações que pode chegar a duas vezes e meia o peso corporal. Na caminhada o corpo em nenhum momento fica no ar com um pé sempre em contato com o solo.
2) Caminhando forte, durante todo o tempo o sujeito estará raciocinando rápido prevendo os possíveis desvios dos obstáculos que não são poucos. Sejam pessoas aglomeradas num ponto de ônibus, carros estacionados irregularmente, bicicletas, buracos, desníveis além das indesejáveis fezes de cachorros. Isso acaba desenvolvendo a noção espacial, a coordenação motora, a agilidade e o reflexo. Por vezes é preciso acelerar para aproveitar o sinal que vai fechar ou atravessar uma rua nas brechas longas entre um carro e outro. Essa previsão permanente é mais ou menos o que faz um motorista na chamada direção defensiva.
3) O ganho numa caminhada dessas pode ser ainda maior se tiver a oportunidade de caminhar com uma pessoa mais rápida. Ou seja, alguém que puxe o ritmo.
4) Se você não deseja correr, mas quer melhorar o seu desempenho, existe a possibilidade de aumentar a dificuldade escolhendo percursos com ladeiras e/ou escadaria. A ladeira, e mais ainda a escada fortalecem especialmente os músculos da frente das coxas, as batatas das pernas e os dos pés. A freqüência cardíaca fica bem mais acelerada trazendo grande benefício para o sistema cardiovascular. Como se diz no popular. “O coração vem na boca”, mas ninguém morre ou passa mal por causa disso desde que mantenha um programa lento, gradual e progressivo passando por várias etapas de evolução. Além disso, um percurso pesado com ladeiras e escadas contribui e muito para o emagrecimento porque o gasto calórico é bem significativo nessas condições.
5) Outra grande vantagem da caminhada, como é a atividade mais acessível a qualquer pessoa, a possibilidade de formar grupos é maior estreitando laços de amizade.
6) Apesar de a caminhada rápida exigir um grau de atenção significativo pode-se apreciar mais os detalhes da paisagem e tudo a seu redor. O estímulo visual associado à atividade física tem a ver com a liberação de endorfinas que dão a sensação de prazer durante e após o encerramento da atividade. Isso previne a depressão e o mau humor.
7) Uma vez escolhido um bom trajeto, será sempre saudável o autodesafio procurando baixar cada vez mais o tempo para um mesmo percurso.
8) As pessoas com excesso de peso devem evitar correr ou trotar mesmo que se sintam capacitadas para isso por causa da sobrecarga nas articulações. Depois de perder alguns quilinhos a corrida será mais prazerosa. O mesmo vale para quem se recupera de lesões.
9) As caminhadas com mais de uma hora exigem os mesmos cuidados dos corredores com relação à hidratação, vestuário, tênis adequado e descanso suficiente.
10) Os benefícios valem para caminhada rápida na esteira cujos modelos mais novos têm boa velocidade e inclinação satisfatória. Um DVD pode quebrar a possível monotonia e com auxílio de um espelho corrigir a postura e a passada. 

 O cálculo do gasto calórico na caminhada:
6,5 X peso Kg X tempo da caminhada /60 min
Ex: 6,5 x 80 kg 30 min./60 min = 260 calorias
A progressão do exercício pode ser pela distância, pelo tempo (comece com 15 minutos e vá progredindo) ou por ambos, mas a velocidade e a duração personalizada somente poderá ser escolhida fidedignamente através da freqüência cardíaca que deverá ser de 65% a  85% da freqüência cardíaca máxima – FCM. 

Antes de começar o exercício, devemos encontrar a pulsação no punho, tórax ou região do pescoço, contando o número de batimentos por 10 segundos e multiplicar por 6, o resultado é sua freqüência cardíaca em repouso.   Ex.:  12 batimentos x 6 =  72 batimentos por minuto em repouso.
Devemos fazer o mesmo procedimento quando terminamos o exercício, para encontrarmos a Freqüência Cardíaca Após o Exercício (FCAE). Através da relação de proximidade entre FCR e FCPE descobrimos se melhoramos nosso condicionamento físico.
A freqüência cardíaca máxima é 220 – (idade da pessoa), tendo uma margem de abrangências (desvio padrão) de + ou -  10 até 25 anos e a partir dos 25 anos  +  ou  -  12.
                          Ex.: 220 – 15 anos = 205 podendo oscilar entre 195 a 215.  

Conclusão: a FCM é de 205 podendo oscilar de 195 a 215 batimentos.
   Cálculo para pessoas destreinadas:      FCM= 205 – (0.42 x idade)

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